“É com prazer que venho lhe apresentar o serviço de Mapeamento Corporal – Dermatoscopia Digital que estamos disponibilizando há mais de uma década na cidade de Campinas. A qualidade e confiabilidade na prestação do serviço é dada por médicos dermatologistas com vasta experiência no assunto, os quais iniciaram suas atividades de pesquisa e uso da dermatoscopia desde 2005 na UNICAMP.
Ressalto que, de forma similar a outros métodos diagnósticos por imagem, a experiência do médico é de grande importância e reforçada pela correlação clinicopatológica.
Espero que a possibilidade da realização desse exame possa auxiliar no seguimento mais acurado das lesões pigmentadas.”
– Dr. Leonardo Ávila –
Mapeamento Corporal
Dermatoscopia Digital
A incidência de melanomas tem crescido nas últimas décadas. A detecção precoce dos casos deste tumor é uma tarefa difícil na prática diária da dermatologia e o Mapeamento Corporal – Dermatoscopia Digital é um exame complementar, com comprovação científica e de grande auxílio nessa tarefa.
O que é o Mapeamento Corporal?
O Mapeamento Corporal corresponde ao registro fotográfico da superfície corpórea do paciente. Nas pessoas com múltiplas ‘pintas’, o Mapeamento Corporal possibilita o acompanhamento das mudanças macroscópicas das lesões, a visualização do desaparecimento de algumas lesões e também a detecção de novas lesões.
O que é a Dermatoscopia Digital? Para que serve?
A Dermatoscopia, também denominada microscopia de superfície, dermoscopia ou microscopia de epiluminescência, é um exame complementar não invasivo para a avaliação das estruturas localizadas abaixo da camada córnea da pele, utilizando-se um aparelho chamado dermatoscópio. Este aparelho ilumina a pele de um modo especial, que permite a avaliação de camadas mais profundas, e aumenta a imagem em 10 a 70 vezes.
A principal indicação da Dermatoscopia é a avaliação detalhada das lesões pigmentadas cutâneas (‘pintas’), aumentando a acurácia na diferenciação entre lesões benignas e malignas, além de proporcionar rapidez na identificação de lesões suspeitas de melanoma.
A Dermatoscopia Digital é o registro da imagem vista pelo dermatoscópio através do acoplamento com uma máquina fotográfica digital ou com uma vídeocamera.
Por que é importante examinar meus sinais (pintas)?
Existe um câncer cutâneo denominado melanoma, cuja incidência tem aumentado nas últimas décadas e cuja cura depende, principalmente, da remoção cirúrgica precoce. As principais vantagens da Dermatoscopia Digital são a indicação precisa da necessidade de retirada de alguma lesão pigmentada (‘pinta’) suspeita e o diagnóstico de melanomas iniciais, que podem não ser identificados no exame a olho nu. As ‘pintas’ que não apresentam indícios de malignidade podem ser monitoradas por meio de fotografias dermatoscópicas armazenadas em um banco de imagens digital.
Como é feito o exame?
No exame, são realizadas fotos do corpo em posições padronizadas, que permitem o registro de toda a superfície corpórea do paciente (Mapeamento Corporal).
Em seguida, um dermatologista com experiência em dermatoscopia, realiza a dermatoscopia das lesões pigmentadas e seleciona quais delas deverão ser registradas dermatoscopicamente.
Dessa forma, todas as lesões são minuciosamente avaliadas, sendo possível identificar lesões suspeitas que deverão ser retiradas e lesões benignas que deverão ser acompanhadas dermatoscopicamente.
As lesões selecionadas são fotografadas com uma câmera SLR e, em seguida, com uma câmera digital acoplada a um aparelho para dermatoscopia com alta definição de imagem.
As imagens geradas são transferidas ao computador e analisadas pelo dermatologista.
No caso do exame de única lesão, ou de poucas, sem a indicação do Mapeamento Corporal, são realizadas fotografias em close da(s) lesão(ões) e a Dermatoscopia Digital correspondente.
Quem deve fazer o exame?
O exame de Dermatoscopia Digital está indicado para pessoas com:
• Múltiplos nevos melanocíticos (´pintas´ ou ´sinais´)
• Síndrome familiar do nevo atípico
• Lesões pigmentadas cuja aparência clínica (a ´olho nu´) deixa dúvidas quanto a benignidade
• Histórico pessoal ou familiar de melanoma
• Nevo melanocítico congênito
• Imunossuprimidos portadores de múltiplos nevos melanocíticos
• Histórico de exposição excessiva ao sol e/ou de hipersensibilidade ao sol
• Melanoníquias (lesões pigmentadas nas unhas)
É necessário fazer a reavaliação com a Dermatoscopia Digital?
Sim. As fotos digitais de corpo inteiro, em close-up e dermatoscópicas são fundamentais para a documentação inicial do acompanhamento. Na reavaliação, verifica-se a ocorrência se houve o surgimento de novas lesões, desaparecimento de outras ou mudanças significativas de lesões pré-existentes.
A avaliação dermatoscópica comparativa das lesões pigmentadas pelo Mapeamento Corporal / Dermatoscopia Digital permite realizar o diagnóstico muito precoce de um melanoma incipiente, mesmo quando essa lesão ainda não preenche critérios dermatoscópicos típicos de um melanoma. Isso é possível através da comparação lado a lado de duas fotos dermatoscópicas digitais da mesma lesão tiradas em momentos diferentes, porque os melanomas tendem a apresentar mudanças significativas nas suas características dentro de um intervalo de tempo (3 – 12 meses), diferentemente das lesões benignas.
Logo, uma lesão pode ser identificada como suspeita ou maligna somente na avaliação sequencial, pela sutil presença de crescimento assimétrico e/ou pela mudança de cores e estruturas ocorrida entre as avaliações. Com isso pode-se localizar e indicar criteriosamente a exérese precoce dessa(s) lesão(ões), numa fase em que os tratamentos cirúrgicos podem ser curativos.
Por outro lado, na comparação lado a lado das imagens dermatoscópicas digitais de uma mesma lesão, obtidas em momentos diferentes, a ausência de alterações significativas mostra que mesmo lesões assimétricas podem ser benignas, evitando-se a remoção desnecessária. Logo, evita-se procedimentos cirúrgicos desnecessários, uma vez que há evidente documentação da estabilidade da lesão.
Quais são os benefícios proporcionados pelo Mapeamento Corporal/Dermatoscopia Digital?
Objetividade no acompanhamento clínico das lesões pigmentadas:
você sabe dizer com precisão se existe alguma nova ‘pinta’ na sua pele? Você sabe se alguma delas está crescendo, modificando a cor ou a forma? Para a maioria das pessoas, principalmente para quem tem muitas ‘pintas’, isso é difícil ou até impossível de responder. Com o registro fotográfico digital, pode-se observar claramente as mudanças nas lesões pigmentadas.
Detecção precoce de lesões suspeitas:
as imagens captadas pelo dermatoscópio contribuem para o diagnóstico de melanomas iniciais que poderiam não ser detectados no exame clínico. Uma ‘pinta’ que, a olho nu, parece inocente, pode ter caracterísiticas dermatoscópicas de lesão maligna que justifiquem a sua remoção cirúrgica e encaminhamento para estudo histológico e diagnóstico definitivo.
Indicação precisa das lesões pigmentadas que precisam ser retiradas:
pessoas que têm muitas ‘pintas’ provavelmente já retiraram algumas ou várias delas, incluindo os chamados ‘nevos displásicos’ ou ‘atípicos’. Esses nevos indicam pessoas com maior risco de desenvolver o melanoma, porém a remoção cirúrgica deles não diminui o risco de desenvolvimento de um melanoma. Assim, a retirada de vários nevos melanocíticos de um paciente não é uma conduta eficaz de prevenção, além de somar procedimentos desnecessários, que deixam cicatrizes inestéticas e indesejadas. A dermatoscopia digital permite o seguimento através da comparação lado a lado de duas ou mais fotos dermatoscópicas de cada lesão suspeita. Com isso, pode-se indicar criteriosamente a exérese somente das lesões que sofreram alterações significativas ao longo do tempo.
A dermatoscopia é útil somente para o melanoma?
Não. A Dermatoscopia Digital permite a diferenciação de outros tipos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, e possibilita a identificação de lesões benignas como a queratose seborreica, o dermatofibroma e o hemangioma trombosado. Dessa forma, a avaliação dermatoscópica possibilita maior precisão na indicação da retirada cirúrgica de lesões cutâneas e evita a excisão desnecessária de lesões benignas.